Os Batistas e o Batismo
Os
batistas não têm ritos como alguns grupos, nem consideram o Batismo e a
Ceia como um sacramento – um sinal sagrado instituído por Jesus Cristo
para distribuição da salvação divina àqueles que, recebendo o
sacramento, fazem uma profissão de fé. Nada disso! O Batismo e a Ceia
são tratados como ordenanças.
Há
dois verbos do Senhor no modo imperativo que comprovam a nossa
doutrina. O primeiro deles é “vão”. Antes de subir ao céu, em sua última
mensagem aos discípulos, Jesus disse assim: “Portanto, vão e façam
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo” (Mt 28.19-20).
O
outro imperativo é “façam”. Paulo, compartilhando o que tinha recebido
de Cristo, escreveu o seguinte aos Coríntios: “o Senhor Jesus, na noite
em que foi traído, tomou o pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse:
‘Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória
de mim’” (1Co 11.23-24).
O
batismo é uma ordenança e deve ser por imersão nas águas (Rm 6.4; Cl
2.12). Agora, se fossem apenas autoridades batistas que afirmassem que a
palavra significa imersão (e não aspersão, por exemplo), poderia pairar
alguma dúvida sobre a afirmação, pois soaria como um empenho
proselitista.
Acontece
que estudiosos do grego (idioma em que foi escrito o Novo Testamento),
pertencentes a diversas denominações, confirmam o que os batistas têm
ensinado através dos séculos. Também assim atestaram os reformadores.
Matinho
Lutero, escrevendo sobre Romanos 6.3-4 e noutro lugar sobre o
significado do substantivo “batismo”, disse que o vocábulo grego, cujo
correspondente em latim é “mersio”, significa “mergulhar alguma coisa
completamente na água, até ela ficar totalmente submersa” (cf. Luther’s
Works, volume 25, pg. 50 e volume 35, pg. 29). João Calvino, comentando o
texto de João 3.23, anotou que se pode, a partir desse texto, “inferir
que o batismo era mediante mergulho de corpo inteiro na água”.
Além
dos lexicógrafos e dos reformadores, nós poderíamos citar, por exemplo,
historiadores, enciclopedistas, dicionaristas e o testemunho da
arqueologia para comprovar que o batismo bíblico é por imersão completa
do corpo na água. Então, por que por imersão?
O
batismo representa um drama em três atos. O primeiro ato, a imersão,
simboliza o velho homem que vai sendo conduzido como morto. E, como
nenhum morto permanece insepulto, ele será sepultado. Realiza-se, então,
o segundo ato do drama com a submersão. É o sepultamento. O terceiro
ato se processa com a emersão. É o clímax do drama, o momento em que se
levanta o batizando da água, simbolizando a sua ressurreição. O cristão,
batizado, ressurge para viver “uma vida nova” em Cristo (Rm 6.4).
Batismo,
portanto, é a profissão pública de fé de todos que, tendo se
arrependido do pecado, entregaram suas vidas ao Senhor Jesus, buscando
nele refúgio e salvação, achando nele graça e poder para viverem uma
nova vida em sua nova jornada, agora rumo ao céu.
Pr. Leandro B. Peixoto
Pastor da Igreja Batista Central de Campinas – São Paulo
Tema e Divisa da ABL 2013:
ABL - Associação Batista Leopoldinense
Diac. Edson dos Santos
Coordenador Executivo
(21) 3888.8271 (21) 7451.6633
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